Você sabia que desconforto abdominal pode ser um sintoma da Síndrome do Intestino Irritável ou SII?
A SII é um dos problemas mais comuns que afetam os intestinos (grosso e delgado). Ela pode causar sintomas variados, mas os mais comuns são: dor no estômago, desconforto abdominal, flatulência (“gases”) e diarreia ou constipação, ou ambos. Também pode aparecer muco nas fezes.
Não, apenas um pequeno número de pessoas com SII tem sintomas graves. Ela não predispõe ao câncer, não causa desnutrição e nenhum outro problema grave.
A maioria das pessoas com SII experimenta momentos em que os sinais são piores e outros em que melhoram ou até desaparecem completamente.
Principalmente alguns tipos de alimentos (trigo, laticínios, frutas cítricas, bebidas gaseificadas) e estresse.
A SII não tem cura, mas tem controle. O melhor é tentar encontrar maneiras de lidar com o estresse e, se necessário, existem medicamentos que aliviam os sintomas e são capazes de melhorar a qualidade de vida.
Não existem alimentos específicos que possam ser consumidos, mas sabe-se que leite e derivados, glúten (trigo, centeio, aveia, malte e cevada), produtos com cafeína, alguns legumes, como alcachofra, cebolas, pimentões, brócolis, beterraba, couve-flor e pimentas, e também adoçantes (xilitol, sorbitol, mel etc.) e bebidas gaseificadas devem ser consumidos em menor quantidade ou evitados devido ao potencial de formação de gases que podem gerar sintomas de dor e distensão.
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma desordem gastrointestinal funcional caracterizada por dor, desconforto abdominal e alterações do hábito intestinal. Sensações de desconforto (inchaço), distensão e defecação desordenada são características geralmente associadas.
O impacto da SII varia em cada indivíduo. Em alguns casos, os sintomas característicos dessa síndrome podem comprometer a qualidade de vida e as atividades diárias do paciente.
As causas da SII são complexa e não bem esclarecidas. Um fator cada vez mais em destaque são as alterações da microbiota (flora) intestinal. Tais modificações desencadeiam uma série de consequências, com aumento da permeabilidade intestinal e das células inflamatórias na parede do intestino, alterações de motilidade e secreções intestinais e, principalmente, modificação da comunicação do intestino com o cérebro, o chamado eixo cérebro-intestino. O que explica como fatores psicológicos podem interferir nessa doença.
São identificáveis também alterações de sensibilidade intestinal, da densidade de várias substâncias neurotransmissoras (substâncias responsáveis pela comunicação dos nervos com o intestino) e mesmo o caráter autoimune.
O quadro sintomático não é específico da SII porque os sintomas podem se apresentar ocasionalmente em qualquer indivíduo. Para diferenciar a SII de sintomas intestinais passageiros, os especialistas têm ressaltado o caráter crônico e recorrente da SII e proposto critérios diagnósticos baseados na frequência de manifestação dos sintomas e sua duração.
O paciente pode apresentar dor abdominal e alteração da frequência e da consistência das fezes – diarreia ou constipação. Outros sintomas comuns podem incluir presença de muco nas fezes, sensação de evacuação incompleta, distensão abdominal e flatulência excessiva. De acordo com os tais sintomas, a SII pode ser classificada em alguns tipos:
Pode ser comum pacientes com SII apresentarem queixas como dor no estômago, digestão lenta e náuseas.
Na prática clínica, em geral o especialista baseia o diagnóstico na avaliação do paciente como um todo e considera a presença de sintomas comuns da SII, como dor abdominal crônica ou recorrente e alterações do hábito intestinal (diarreia, constipação e alternância entre constipação e diarreia).
Tais sintomas podem ser agravados na presença de estresse e alimentação.
O diagnóstico é obtido pela história clínica do paciente, por exames de imagens e exames complementares que, quando solicitados pelo médico, permitirão abordar devidamente cada caso.
Com o objetivo de eliminar a presença de doença crônica, na maioria dos casos de SII simples ou em pacientes mais jovens, não é necessário nenhum teste nem exame adicional.
A estratégia terapêutica sempre será individualizada e estará embasada na natureza e gravidade dos sintomas clínicos – e no maior ou menor grau – que estejam afetando a qualidade de vida desses pacientes.