Essa pergunta é realizada por TODOS os pacientes que irão se submeter a uma cirurgia. Mas, o que precisa ser esclarecido é que o “ato cirúrgico” em si é bem diferente do tempo que o paciente fica dentro do centro cirúrgico e longe dos seus acompanhantes.
Nos detendo apenas ao ato cirúrgico, em algumas cirurgias conseguimos mensurar uma duração aproximada. Cirurgias como de:
· Hemorroidas;
· Fissuras e plicomas anais;
· Cirurgia de colecistectomia (cirurgia de pedra na vesícula);
· Cirurgia de hérnia umbilical;
· Hérnias inguinais.
Já quando se trata de uma cirurgia intestinal, seja por câncer de intestino, doença inflamatória intestinal ou endometriose intestinal, nós temos uma previsão menos precisa. Pois, hoje em dia, mesmo tendo exames de excelente qualidade antes da cirurgia, quando a equipe cirúrgica tem acesso a cavidade abdominal é que temos a real noção do comprometimento dos órgãos e do que precisa ser realizado.
Outros casos difíceis de mensurar um tempo cirúrgico são quando o paciente apresenta cirurgias abdominais anteriores. Porque a cicatrização dessas cirurgias anteriores acabam por gerar aderências, o que pode dificultar a equipe cirúrgica de acessar as proximidades dos órgãos doentes que precisam ser operados.
Uma vez entendido que o ato cirúrgico tem suas particularidades de acordo com a cirurgia e cada paciente, temos que esclarecer o tempo que o paciente fica dentro do centro cirúrgico. Afinal, é isso que causa mais anseio aos familiares que estão acompanhando o caso.
Ao entrar no centro cirúrgico o paciente é recepcionado pela equipe de enfermagem onde todas as perguntas de segurança são realizadas, como:
· Nome completo;
· Data de nascimento;
· Se o jejum do paciente está completo;
· Se ele apresenta alguma alergia medicamentosa
Em seguida, juntamente com a equipe médica em sala operatória, são realizadas perguntas como: necessidade de vaga de UTI, necessidade de reserva sanguínea para transfusão, qual o local ou lado que será operado e uso de antibiótico profilático.
Depois de toda a checagem de segurança, inicia-se a monitorização do paciente de forma minuciosa. Há a instalação de equipamento para medir a pressão arterial a cada 5min, além equipamento para medir oxigenação e monitorização cardíaca.
Em seguida, depois de completamente monitorizado, o profissional médico responsável pela anestesia do paciente, o anestesiologista, irá iniciar o ato anestésico de forma confortável e segura para a realização da cirurgia.
Com o paciente anestesiado e a equipe cirúrgica já paramentada com material estéril, é iniciada a preparação da região do corpo a ser operada. Assim, são usadas técnicas de degermação, assepsia e colocação de campos estéreis, depois de tudo isso, inicia-se o ato cirúrgico em si.
Até chegar esse momento do ato cirúrgico já se passaram longos minutos, minutos esses importantes para a segurança e o conforto do paciente que está se submetendo a cirurgia.
Uma vez finalizada a cirurgia, o paciente leva um tempo para acordar da anestesia e depois será encaminhado para sala de recuperação. Então, neste local permanecerá monitorizado e poderá relatar qualquer desconforto para que seja medicado, até que possa voltar ao seu quarto de forma tranquila.
O tempo de duração da recuperação anestésica é de aproximadamente 1 hora. Então, nesse tempo o paciente ficará acordado e poderá ser encaminhado ao seu quarto com mais segurança.
É importante perceber que mesmo para pequenas cirurgias de duração de até 1 hora, o paciente chega a ficar no centro cirúrgico por volta de 3 horas. Afinal, são cuidados essenciais para a segurança e bem-estar do paciente, assim como para o sucesso da cirurgia!