O corpo humano é repleto de detalhes e condições que, para quem não entende de saúde, podem ser difíceis de explicar. Imagine, por exemplo, uma parte de um órgão interno simplesmente “descer” e ficar exposto por meio das genitais? Pois é, é justamente isso que acontece com o prolapso dos órgãos pélvicos.
O prolapso dos órgãos pélvicos é nada mais nada menos quando órgãos como útero, bexiga ou reto simplesmente se deslocam para a região pélvica. Isso ocorre quando os músculos e ligamentos pélvicos se encontram fracos, de forma que não são capazes de manter esses órgãos em seus devidos lugares.
Estudos mostram que cerca de 30% das mulheres irão apresentar sintomas relacionados com o prolapso dos órgãos pélvicos em algum momento da vida. Além disso, cerca de 10% dessas mulheres irão precisar de algum tipo de cirurgia para corrigir essa condição, que pode ser categorizada em quatro diferentes formas.
Neste artigo, você irá entender um pouco mais sobre o que é o prolapso de órgãos pélvicos, os seus principais sintomas, as formas de tratamento e as categorias dessa condição. Confira:
Um dos tipos de prolapso dos órgãos pélvicos é o chamado prolapso uterino. Esse diz respeito a quando o útero deixa a sua posição inicial e desce pela vagina. Em algumas situações, essa “descida” do órgão pode inclusive fazer com que ele apareça no lado externo do corpo.
O prolapso uterino pode ser classificado em quatro diferentes graus, que variam de acordo com a sua gravidade. No primeiro, o útero se localiza no meio do caminho até o hímen. Já no segundo, está no hímen. O terceiro é quando o órgão fica no meio do caminho depois do hímen, enquanto o quarto é o mais externo possível.
Outro tipo de prolapso dos órgãos pélvicos é o chamado cistocele. Este ocorre quando é a bexiga quem sai da sua posição inicial, determinando uma espécie de abaulamento que pode ser exteriorizar, assim como no grau mais avançado do prolapso uterino, pela vagina.
Essa exteriorização do órgão ocorre com mais frequência quando a pessoa realiza esforços significativos. Além disso, é comum que pessoas com cistocele associam essa condição à incontinência urinária, devido à semelhança de alguns sintomas.
A retocele é mais uma forma de prolapso dos órgãos pélvicos, o qual diz respeito, nesse caso, da protrusão do reto para dentro da vagina. Esse movimento acaba determinando um abaulamento, o qual piora durante esforços mais significativos e pode dificultar consideravelmente as evacuações de uma maneira geral.
O retocele também envolve alguns diferentes graus de gravidade. Em um dos mais avançados, a mulher só consegue evacuar com o auxílio das próprias mãos, reduzindo a retocele para facilitar a saída das fezes.
Por fim, a enterocele também se enquadra como uma forma de prolapso de órgãos pélvicos. Esta diz respeito ao abaulamento de alças intestinais pela vagina, mais frequentemente do intestino delgado, podendo ou não estar associado ao próprio prolapso uterino.
Algumas vezes, o enterocele acontece depois de histerectomias, ou seja, o procedimento cirúrgico para remoção do útero que, muitas vezes, inclui também a retirada das trompas adjacentes e do ovário. Vale ressaltar também que, em muitos casos, os tipos de prolapso podem estar associados entre si.
Existem algumas condições que são tidas como fatores de risco para o prolapso dos órgãos pélvicos. Em suma, dizem respeito não apenas a hábitos de uma pessoa como, também, doenças de uma maneira geral e até mesmo processos específicos. Em suma, os fatores de risco são:
Uma condição como a do prolapso dos órgãos pélvicos costuma ter sintomas bem pontuais. Por mais que possam ser confundidos com a de outras doenças ou condições, ainda assim, dão indícios de que esse pode ser o caso. Confira:
O tratamento do prolapso dos órgãos pélvicos depende muito do grau de intensidade em que esse se encontra. Nos estágios iniciais, pode ser realizado apenas por meio de fisioterapia pélvica, terapia de reposição hormonal, laser ou até mesmo radiofrequência.
No entanto, existem casos um pouco mais graves dessa condição - como já citado anteriormente. Sendo assim, a cirurgia é indicada quando os sintomas não forem adequadamente controlados por meio de tratamentos como os citados ou, até mesmo, em casos mais avançados.
A orientação para um paciente que desconfia estar sofrendo de prolapso dos órgãos pélvicos é justamente procurar um ginecologista ou proctologista. Esse poderá conferir uma melhor avaliação e aconselhar corretamente sobre os melhores tratamentos.