É uma das causas mais frequentes de consultas gastroenterológicas em pacientes ambulatoriais, comprometendo, de forma significativa, a qualidade de vida de seus portadores. Ocorre quando o ácido estomacal retorna ao tubo digestivo (esôfago), causando sintomas e/ou complicações.
O conteúdo extravasado (refluxo) irrita a parede do esôfago e causa a DRGE.
O mecanismo que facilita o refluxo gastroesofágico mais comum é o relaxamento da válvula do esôfago causado pela redução ou perda da tensão muscular (hipotonia).
Outros fatores podem estar envolvidos no surgimento da DRGE, como hérnia de hiato, gravidez, obesidade, dieta rica em gordura e alimentos cítricos, álcool, tabaco e uso de medicamentos (por exemplo, ansiolíticos, estrógenos etc.)
A percepção de episódios de refluxo, que podem ou não se transformar em sintomas de DRGE, é bastante complexa e depende das características do material refluído, das condições da parede do esôfago e do nível de sensibilidade individual, ou seja, pode haver refluxo sem manifestação clínica.
Os sintomas mais comuns são pirose (azia) e regurgitação ácida. Se o paciente apresenta tais sintomas, no mínimo, duas vezes por semana, em um período de quatro a oito semanas ou mais, o diagnóstico da DRGE deve ser averiguado.
A principal ferramenta para o diagnóstico da DRGE é a história clínica do paciente que busca identificar sintomas característicos da doença, sua duração, intensidade, frequência, fatores desencadeantes e de alívio, padrão de evolução no decorrer do tempo e impacto na qualidade de vida do paciente.
Se for necessário realizar exames subsidiários, será solicitada endoscopia digestiva ala. Por meio dela, o gastroenterologista visualiza diretamente o esôfago, o estômago e a primeira parte do intestino delgado com um endoscópio (tubo flexível) que pode ser introduzido na boca.
Durante esse procedimento, o médico pode obter uma pequena amostra de tecido para ser examinada em laboratório. Podem ainda ser requisitados um ou mais dos seguintes exames diagnósticos:
Os objetivos dos tratamentos da DRGE são aliviar os sintomas, cicatrizar as lesões (e manter a cicatrização) e prevenir recidivas (recaídas) e complicações. O médico poderá indicar o tratamento medicamentoso, sempre de maneira individualizada, a cada paciente.
Pode ser recomendado tratamento clínico, ou seja, apenas medidas de ordens geral e comportamental – como mudanças de “estilo de vida” que podem ser significativas na melhora dos sintomas da DRGE.
As medidas visam diminuir e/ou prevenir o refluxo gastroesofágico e aumentar a competência do esfíncter inferior do esôfago, devendo-se: