A chegada do metaverso tem causado grande frisson. Acredita-se em uma mudança radical na forma como interagimos com o mundo digital, pois possibilita a criação de ambientes virtuais onde cada pessoa pode ser, fazer e construir o que quiser. Isso porque o usuário não será apenas um expectador do mundo digital, mas fará parte dele.
O metaverso será uma forma de universo paralelo acessível aos usuários de tecnologias de realidade virtual aumentada. Uma realidade cognitivamente perceptível onde você poderá interagir com pessoas reais, em espaços fictícios, através de óculos de realidade virtual, fones de ouvido e sensores.
Com essa nova tecnologia, a medicina sofrerá mudança emocionantes, seja no atendimento ao paciente como também na educação médica, com grande facilitação nas atividades á distancia, incluindo até mesmo procedimentos cirúrgicos.
Imagina-se que nas consultas virtuais, que hoje são realizadas em duas dimensões com dados fornecidos pelo paciente, haverá um acesso sem tantas limitações ao humano virtual (o avatar).
O avatar não será somente um humano virtual 3D, ele projetará dados da pessoa tem tempo real, além disso haverá acesso a prontuários eletrônicos e históricos de saúde de forma mais concisa e organizada sendo fundamental na gestão de saúde e sucesso no tratamento.
O médico terá acesso às imagens 3D dos órgãos internos, poderá verificar a garganta, via aérea superior, pulmão, coração, abdome, tudo com imagens 3D geradas por dispositivos domésticos.
Óbvio que o caminho é longo para a obtenção dessa tecnologia seguindo a proteção de dados dos pacientes de maneira a fornecer uma plataforma segura, confiável e privada.
Hoje em dia temos as plataformas robóticas e os simuladores de realidade virtual, que apresentam certas limitações, mas que acreditamos será a base para a incorporação da nova inteligência digital.
O cirurgião poderá treinar suas cirurgias em simuladores de realidade virtual, utilizando a anatomia do próprio paciente captada através da tomografia computadorizada e ressonância, como também estar totalmente imerso dentro do próprio corpo do paciente.
Acredita-se ainda que se tornará possível operar robôs na execução cirúrgica à quilômetros de distância com a mesma precisão de estar presente na sala de cirurgia.
No âmbito da educação médica prevemos grande avanço com reunião de grandes especialistas do mundo em espaços virtuais com discussão de casos e trocas de experiências. O mundo cientifico decolará enriquecendo médicos com conhecimento.
No entanto, muitas das tecnologias necessárias para que o metaverso se torne real ainda precisam ser desenvolvidas ou melhoradas. A previsão é de que em 2030 essas mudanças já estarão sendo incorporadas no nosso dia-a-dia.
Eu, como entusiasta da tecnologia na medicina, anseio por essas mudanças que ajudarão tanto na melhor formação medica, como no melhor e mais completo tratamento para o paciente.