HPV Anal, Verrugas Anais e Condiloma

Os condilomas são pequenas lesões com formato e aparência de verrugas que podem afetar a pele em torno do ânus, é uma doença sexualmente transmissível (HPV) podendo surgir também no interior do canal anal. Além disso, outras regiões vizinhas também podem ser afetadas pelas lesões, principalmente a pele da área genital, períneo, nádegas e virilhas. Alguns têm relação com o desenvolvimento do câncer nas genitálias, no colo do útero e região anal. São também conhecidos como verrugas genitais, verrugas venéreas, cavalo de crista e crista de galo.

Causas

O Condiloma é considerado uma doença sexualmente transmissível e o agente causador da doença é o Papiloma Vírus Humano, conhecido como HPV (human papilomavirus). Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos, sendo que 20 deles podem causar lesões na área genital e através do contato íntimo e direto pode haver transmissão da doença. Alguns pacientes podem estar infectados, ao mesmo tempo, com vários tipos de HPV.

Sintomas

A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, além disso pode provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.

As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

  • Lesões clínicas:se apresentam como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente de condilomas acuminados e popularmente conhecidas como “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local. Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis e com menor frequência, as lesões podem surgir em áreas extragenitais como mucosas do nariz e da boca, laringe e conjuntivas. O mais provável é que o próprio paciente perceba as verrugas durante a higiene.
  • Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer. São muito planas, rasas e não elevadas, podendo passar despercebidas pelo paciente, necessitando da avaliação de um especialista.

Diagnóstico

O diagnóstico do condiloma é basicamente clínico, podendo ser realizada biópsia da lesão em alguns pacientes, quando há indicação médica. Depende do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

  • Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino), coloproctologico (canal anal e anus) e dermatológico (pele).
  • Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.

Tratamento

O objetivo principal do tratamento da infecção pelo HPV é a remoção das lesões condilomatosas, o que leva a cura a maioria dos pacientes. Se deixadas sem tratamento, as verrugas podem desaparecer, permanecer inalteradas, ou aumentarem em tamanho ou número. A escolha do tratamento deve ser indicada pelo médico. Ela costuma depender principalmente do tamanho, número e local das verrugas.

Um pequeno número de verrugas pode ser tratado com sucesso através de aplicação local de medicamentos, tais como o ácido tricloroacético, a podofilina ou o imiquimod. Quando são mais numerosas, geralmente é necessária uma intervenção cirúrgica como a eletrocoagulação sob anestesia.

Na mulher gestante, as verrugas poderão atingir grandes proporções, em virtude do aumento, pelos vasos sanguíneos, da nutrição nas áreas genitais, devido a alterações hormonais e imunológicas que ocorrem nesse período. Como as lesões de condiloma podem proliferar e se fragmentar facilmente, muitos especialistas optam por sua remoção, se possível, na primeira metade da gestação.

A malignizacão, que é a transformação da lesão benigna em câncer, acontece mais frequentemente nas mulheres e tem predileção pelo colo do útero. Nos pacientes com deficiência imunológica, pode haver resposta insatisfatória ao tratamento, além do aparecimento de lesões em outros locais como conjuntiva e na laringe (papiloma), que também pode ocorrer em lactentes, por contaminação no canal de parto.

Importante enfatizar que lesões causadas pelo HPV, quando não tratadas, podem se espalhar ou crescer. Há sempre uma possibilidade de recidiva após o tratamento. Por isto é necessário um controle periódico no consultório do coloproctologista depois de realizado o tratamento.

Prevenção

verrugas anais

Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
  • Portadores de HIV;
  • Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;

Ressaltando que a vacina não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.

Exame preventivo contra o HPV: o papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer.

Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.

Preservativo: o uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das DST, não impede totalmente a infecção pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.

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