As hemorroidas são veias que incham e inflamam causando dores na parte inferior do reto ou ânus. Elas podem surgir no interior e exterior do ânus, na parte inicial do reto ou na abertura anal, podendo até projetar-se para fora. Esta doença causa uma dilatação das veias na região anal, sendo um problema venoso progressivo que pode se desenvolver em vários graus. O tratamento pode ser simples e não cirúrgico, se for iniciado logo quando os sintomas aparecem, porém existem pacientes que convivem com os problemas causados pela hemorroida por anos sem procurar por ajuda médica.
A hemorroida, quando não tratada, pode causar muito desconforto com frequência. Veja a seguir como a doença se desenvolve, formas de prevenção e os tratamentos.
Os mamilos hemorroidários são veias que fazem parte do ânus e canal anal, mas por conta de diversos fatores, quando causam desconforto ao paciente, chamamos de doença hemorroidária. Podendo ser classificada como “interna” quando está localizada dentro do canal anal, “externa” se aparecer na borda do ânus, saltando para fora do corpo e “mistas” quando se manifesta tanto interna como externamente.
A hemorroida se desenvolve quando a pressão nos mamilos hemorroidários aumenta, isso pode acontecer quando a pessoa costuma fazer muita força para evacuar ou ao passar longos períodos sentado; usar com frequência laxantes; ter constipação; durante a gestação; ao fazer constantemente esforço físico ( por ex. levantamento de grande peso) e também pode ser hereditário. A doença hemorroidária é um problema frequente e pode atingir a população em geral, mas a maioria dos casos são relatados por pacientes com mais de 30 anos. É incomum crianças, jovens com menos de 20 anos e idosos acima de 60 anos ter hemorroidas, mas pode acontecer.
Os sintomas mais comuns são o surgimento de prolapsos e sangramento, e se a doença não for tratada, tende a progredir e assim surgem outros sintomas, como dermatite perianal, dores latejantes, ardência, sensação de pressão na região retal, secreção fecal, muco e sangue, dificuldade de evacuar e sensação de evacuação incompleta. Confira uma classificação dos graus de hemorroida:
Grau I: Sem prolapsos externos;
Grau II: Tem exteriorização, mas o retorno é espontâneo para dentro do ânus;
Grau III: Além da exteriorização, é necessário colocar manual para dentro do ânus;
Grau IV: Quando tem a exteriorização e a hemorroida não retorna ao normal, nem mesmo com auxílio manual.
Para ter um diagnóstico, o médico avalia os resultados de exames específicos, como anoscopia, proctoscopia e sigmoidoscopia. Além de realizar uma análise na região anal, em busca de anormalidades. Se necessário o especialista pode pedir exames de sangue oculto e fezes. O paciente também pode realizar uma colonoscopia, caso apresente alguma doença do trato digestório, câncer colorretal ou se estiver acima de 50 anos.
Dependendo do caso, o tratamento pode ser cirúrgico. Mas se a hemorroida estiver em seu estágio inicial, ainda com sintomas leves, é normal receitar um tratamento intermediário com mudança dos hábitos alimentares, aumentar a ingestão de água e fibras. Caso os sintomas continuem, será necessário realizar procedimentos ambulatoriais, que podem ser a ligadura elástica ou até mesmo uma cirurgia.
Quando os tratamentos intermediários não dão resultados, uma intervenção cirúrgica se torna necessária. Atualmente algumas das técnicas mais usadas para doenças hemorroidárias são a hemorroidectomia clássica, hemorroidectomia por grampeamento e desarterialização hemorroidária.
Os procedimentos cirúrgicos ligadura elástica ou hemorroidectomia, geralmente são usados em pacientes com dor ou hemorragia grave. Durante uma ligadura elástica, o cirurgião amarra elásticos na base das veias que estão inflamadas com o objetivo de cortar a circulação para que, após alguns dias, as hemorroidas caiam sozinhas.