Existem pessoas que se surpreendem com uma nodulação ou caroço na região inguinal, mais conhecida como “virilha”. Esse abaulamento que é percebido ao tomar banho ou na palpação possui 2 principais hipóteses diagnósticas: HÉRNIA INGUINAL e LINFONODO.
Se você ou algum familiar apresentar sintomas de nodulação e abaulamento na região da virilha ou inguinal procure um especialista para uma avaliação adequada, diagnóstico correto e planejamento do tratamento.
Os linfonodos são gânglios linfáticos que compõe parte do sistema de defesa imune do corpo. Na região inguinal os linfonodos têm o papel de drenar a linfa e fazer a proteção da região genital, períneo, coxas, pernas e pés. Portanto, qualquer inflamação ou infecção dessas áreas pode causar um aumento do gânglio linfático correspondente. Raramente, esses linfonodos podem aumentar e tornar-se bem duros, podendo estar relacionados a tumores relacionados ao sistema linfático, como os linfomas.
Já as HÉRNIAS INGUINAIS, são áreas de fraqueza muscular, nas quais existe um rompimento ou esgarçamento das fibras musculares entre a região da virilha e a coxa. Justamente por ser a junção do membro inferior com o abdome é uma região de alta tração muscular e de tendões, criando uma pressão local que pode enfraquecer e lesar as fibras musculares locais, desencadeando a formação de uma das hérnias mais comuns a HÉRNIA INGUINAL.
Na hérnia inguinal, por haver uma falha da parede muscular da parede abdominal, acaba se formando um “caminho” de livre passagem do conteúdo abdominal para a região da virilha. Ou seja, a gordura de dentro do abdome e os órgãos podem começar a deslizar e se direcionar para essa região, causando sintomas como dor aos esforços, abaulamento ou nódulo na virilha, sensação de “repuxar” quando faz algum movimento mais amplo ou quando levanta peso.
A hérnia inguinal é uma doença estrutural da parede abdominal, desta forma, não tem tratamento com medicamentos ou fisioterapia. A partir do momento em que se diagnostica a hérnia inguinal o único tipo de tratamento é o reparo cirúrgico da hérnia.
O diagnóstico de hérnia inguinal pode ser realizado no próprio exame físico em consulta com o especialista e confirmado por meio de exames de imagem como ultrassonografia da região inguinal ou tomografia.
Como já mencionado a única forma de tratar a hérnia inguinal é por meio de cirurgia. Atualmente, existem algumas opções de tipos de cirurgia, mas o tratamento cirúrgico “padrão ouro” é a cirurgia minimamente invasiva por meio da laparoscopia ou cirurgia robótica.
A cirurgia laparoscópica e robótica para o tratamento da hérnia inguinal, proporcionam um reparo adequado das fibras musculares da virilha, reconstruindo essa região da parede abdominal e instalando uma tela cirúrgica. Essa tela cirúrgica é uma prótese que se integrará a própria parede abdominal e se tornará parte do corpo do paciente, criando um reforço extremamente eficiente para a hérnia não recidivar, ou seja, nunca mais se desenvolver outra hérnia na virilha.
As cirurgias minimamente invasivas são realizadas por meio de 3 furinhos de milímetros na parede abdominal do paciente (foto 1), e através dessas pequenas incisões cirúrgicas conseguimos realizar a cirurgia laparoscópica e robótica com grande delicadeza e precisão, resolvendo o problema estrutural da falha da musculatura entre a parede abdominal e a região da coxa – região inguinal.
Figura 1: Locais das incisões cirúrgicas em cirurgia minimamente invasiva de hérnia inguinal.
Saiba mais sobre o que esperar do período pós-operatório da cirurgia de hérnia inguinal:
Se você ou algum familiar apresentar sintomas de nodulação e abaulamento na região da virilha ou inguinal procure um especialista para uma avaliação adequada, diagnóstico correto e planejamento do tratamento.