O câncer anal acomete a região da borda do ânus até a parte interna do canal anal. Na maioria dos casos são tumores malignos, sendo o carcinoma espinocelular responsável por 85% desses tumores. Felizmente o câncer de ânus não é frequente, representando apenas 1 a 2% dos tumores colorretais.
O câncer anal possui íntima relação com doenças sexualmente transmissíveis (DST), desta forma uma medida importante é prevenir o contágio por papilomavírus humano (HPV) e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O uso de preservativos é fundamental, assim como diminuir atividades de risco.
Outra importante medida é suspender o tabagismo e cuidar da imunidade.
Homens e mulheres que desenvolveram o câncer de ânus podem apresentar como principais sintomas:
O diagnóstico desses tumores anais pode ser suspeitado inicialmente por meio do exame proctológico de toque retal, que pode identificar uma tumoração endurecida, dolorosa e sangrante. Caso haja a suspeita de tumor anal ou tumor de reto procede-se com o exame de anuscopia, que será seguido pelo exame de colonoscopia.
A tumoração deve ser biopsiada para estudo anatomopatológico, que vai definir que tipo de tumor e qual o tratamento necessário. Se confirmado, também são realizados os exames de tomografia computadorizada de abdome e toráx, para avaliar possíveis metástases e a ressonância nuclear magnética de pelve para avaliar a profundidade de tumor, se houve infiltração no esfíncter anal e se existem linfonodos (gânglios linfáticos) comprometidos.
O tratamento do câncer anal vai depender do tipo de tumor e dos resultados dos exames realizados para a avaliação do grau de extensão da doença e se existem metástases, que é o estadiamento tumoral.
Geralmente, nos casos em que a doença reside somente no ânus, é possível realizar o tratamento sem cirurgia, aplicando-se somente sessões de radioterapia e quimioterapia.
Caso a doença não responda ao tratamento com radio e quimioterápico pode ser necessário o tratamento cirúrgico, que consiste na amputação do reto e ânus (amputação abdominoperineal), ou seja, o tumor é extraído em conjunto com o reto e ânus e é confeccionada uma colostomia definitiva no abdome do paciente.